Empreendedorismo Jovem
A palavra empreendedorismo tem origem no vocábulo francês entrepeneur, que significa fazer algo novo. E buscar soluções inovadoras para os problemas que atingem toda a sociedade é o desafio do empreendedorismo social.
Este termo, por sua vez, ficou conhecido a partir dos anos 1980, quando o americano Bill Drayton, inspirado por Mahatma Gandhi e pelo Movimento dos Direitos Civis, viu nesta forma de empreender, uma maneira de reduzir desigualdades de renda. Assim, ele fundou a Ashoka, uma das maiores redes de empreendedorismo social do mundo.
De lá pra cá, a sociedade se transformou em vários aspectos, mas continua precisando de soluções cada vez mais criativas para as novas e também as velhas questões.
Segundo a pesquisa Juventude Conectada – Edição Especial Empreendedorismo, desenvolvida pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com IBOPE Inteligência e Rede Conhecimento Social, 60% dos 400 jovens (15 a 29 anos) entrevistados acreditam que o empreendedorismo deva ser um propósito de vida.
O estudo também mostra que, para eles, empreender não é apenas administrar o próprio negócio, e o sucesso ao empreender se relaciona mais com a transformação social do que com o simples fato de ganhar dinheiro.
Por outro lado, a pesquisa também indica alguns desafios vivenciados por esses jovens. Segundo eles, fala-se pouco sobre o tema nas escolas e na mídia em geral.
Oportunidades
As barreiras financeiras determinam, muitas vezes, a própria visão do jovem enquanto empreendedor. No entanto, as perspectivas econômicas para se investir e atuar no setor são promissoras.
Segundo levantamento da Ande Brasil (Aspen Network of Development Entrepreneurs), rede de empreendedores de países em desenvolvimento, os negócios de impacto social têm movimentado US$ 60 bilhões em todo o mundo e registrado aumento de 7% ao ano.
Ainda de acordo com a entidade, em pesquisa feita com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), foram alocados US$ 1,3 bilhão em investimentos de impacto na América Latina em 2014 e 2015. O Brasil foi o segundo maior mercado da região.
Dessa forma, o empreendedorismo se torna cada vez mais um meio de resolver problemas de maneira democrática, inclusiva e colaborativa, além de oferecer, principalmente aos jovens, uma chance de encontrar um trabalho que gere valor para si e para a comunidade onde vivem.
Com o ecossistema fortalecido, num trabalho conjunto entre setores públicos e privados, incubadoras, aceleradoras, escolas, universidades e instituições, o empreendedorismo social é um poderoso instrumento de transformação no sentido de um mundo mais sustentável, consciente e humano.